Corte e contingenciamento no melhor estilo neoliberal.
Por Edson Brito, do Info DF
Quando falamos, em setembro que Dilma seria uma espécie de Lula ao quadrado, muita gente chiou. Depois das eleições voltamos a afirmar que Dilma não era Lula e o pessoal da CUT nos ofendeu em centenas de e-mails. Com a guerra pelos escalões menores declarada entre PT e PMDB muitos daqueles que nos ofenderam passaram a questionar as posições da presidente (a).
Na guerra do Salário Mínimo a CUT soube que não ocuparia mais tantos cargos no atual governo e passou, junto à Força Sindical, a se posicionar por um reajuste maior do que os 545 reais. Dilma seguiu os preceitos de sua equipe econômica de que é melhor estar ao lado dos empresários do que dos peões que, sem Lula, ficaram desnorteados.
Aproveitando-se disso, a atual presidente (a) seguiu as sugestões do mercado e cortou mais de 50 bilhões do orçamento deste ano. Com os cortes vieram suspensão de concursos e nomeações e isso mexe num mercado de 800 mil pessoas. Dá para imaginar a raiva daqueles que queriam ingressar no serviço público e a raiva daqueles que acreditavam poder sair neste ano e nos próximos, algo em torno de 190 mil servidores, segundo o Planejamento.
O caldeirão de raiva deve ferver nos próximos dias. Além disso, houve o anúncio de uma auditoria nos servidores públicos (?). Isso sim vai ferver, pois os privilegiados das chefias ficarão expostos aos atos de proteção e recebimento de diárias e gratificações suspeitas. Vale lembrar que a ameaça de Guido Mantega de que não mexe na correção da Tabela do Imposto de Renda se tiver que aumentar o valor do novo Mínimo é, no mínimo, chantagem barata e indecente, para não dizer criminosa. Se o governo não corrigir a Tabela estará roubando a população e se apropriando indevidamente daquilo que não lhe pertence.
Muitas apostas serão feitas para saber se Dilma vai ficar nesta lenga-lenga dos “cortes” ou se vai, para mostrar seriedade, realizar as reformas Tributária e Política, já que a da Previdência seria mais um crime contra o já assaltado trabalhador brasileiro. Pagamos sim muitos e altos impostos e em contrapartida recebemos serviços públicos abaixo da crítica pela ingerência político criminosa de quem se considera dono do País, de suas riquezas e escravocrata do povo.
Os mesmos políticos que se perpetuam no poder, não interessando quem seja o presidente ou presidenta. A CUT promete levar a discussão do novo Mínimo para o Congresso. Sabe que com Dilma não haverá diálogo. Os deputados do PT estão em pé de guerra com as atuais decisões do Planalto e até
Zé Dirceu reclamou dos cortes no Orçamento. Os neoliberais estão em êxtase...
Fonte: Clipping da Fenasps. As informações são do Info DF.
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