INSS PROMETE R$ 21,00 POR PERÍCIA
Postado por Mário Augusto On Sexta-feira, Janeiro 28, 2011
Domingo passado, a Coluna do Sinmed publicou nota sobre o novo edital do INSS para credenciamento de médicos peritos. E alertou para o fato de que os contratados no ano passado, durante e depois da greve nacional da categoria, não estavam recebendo pagamento pelo trabalho. Segundo vítimas do calote², a alegação do Instituto foi a inexistência de uma rubrica no orçamento do Ministério da Previdência para justificar a despesa.
Na última segunda-feira (24), chegou ao e-mail do Sinmed e de vários médicos de Alagoas uma mensagem de divulgação do edital de credenciamento de médicos. O item nº 7 trata do pagamento pelos serviços prestados. O valor é especificado no item nº 7.2: “O pagamento será realizado por exame/perícia, cujo valor bruto será de R$ 21,00 (vinte e um reais), conforme estabelece a Resolução nº 147 INSS/DCPRES, de 17 de março de 2004”.
Valor bruto de R$ 21,00 por uma perícia médica!
Quem deveria ficar com mais vergonha disso aí?
A) O médico que mandou o e-mail divulgando o edital para os colegas?;
B) A chefe de setor do INSS responsável pelo recrutamento dos médicos credenciados?
C) O gerente do INSS que assina o edital?
D) O presidente do INSS?
E) O ministro da Previdência?
F) A autarquia que normatiza e que deve fiscalizar o exercício da Medicina?
G) O Sinmed, que não consegue impedir que alguns médicos ainda se sujeitem a essa remuneração vil?
3 comentários:
É a opção H, Heltron: todas as acima.
É a opção I: O médico que aceita ser um credenciado do INSS, pelos motivos:
1) sabe que o valor que receberá é um abuso;
2) está furando uma greve de seus companheiros, que servia justamente para garantir melhores condições de trabalho;
3) sabe que não vai receber a ninharia prometida;
4) sabe que não entende bulhufas do trabalho que está se propondo fazer;
5) todos os "responsáveis" pelo absurdo em questão, citados acima, só o foram porque confiavam que haveria um traíra entre os médicos que aceitaria furar a greve e trabalhar sem condições e sem pagamento (escravo). Se o fura-greve não aceitar o papel, corta o ciclo vicioso de desrespeito à nossa categoria. É o único que pode fazer isto. E é quem não o faz.
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