Além de todos os problemas já apresentados, como falecimento ou mal súbito de servidores em local de trabalho e um número cada vez maior de adoecimento após a implantação das oito horas, os trabalhadores do INSS ainda têm de conviver com a insegurança que existe no dia a dia.
Na Agência da Previdência Social de Pinheiros, em 10 de janeiro de 2011, aconteceu um caso que ilustra bem esta falta de segurança. Um segurado, após ter sido informado do indeferimento de seu benefício, entrou na área exclusiva do servidor para agredir um funcionário e só foi contido com a ação dos vigilantes.
Diante do ocorrido, o que se verificou foi um total despreparo, por parte das chefias, para situações dessa natureza, assim como uma evidente falta de segurança do servidor em seu local de trabalho.
Deve-se levar em conta o fato de muitos dos segurados que têm seus benefícios negados, por vezes indevidamente, são portadores de doenças psíquicas geradoras de surtos que, dentre outros, os levam a agredir funcionários que sequer tem relação com a alta determinada pelos médicos. Neste caso específico, o segurado chegou a agredir até o policial que foi chamado ao local.
O Ministério da Previdência, em sua página na Intraprev, fica alardeando que melhorou as condições de trabalho. O servidor que está nas agências do INSS sabe que não passa de propaganda, pois sente na própria pele a falta de estrutura e de condições para o bom andamento do serviço.
Com um número cada vez menor de servidores para atender a população em função de aposentadoria, da ampliação do número de agências sem contratação de novos servidores e do aumento de afastamentos devido o aumento da pressão e da jornada, a tendência, em curto prazo, não é de melhora.
Promessas sempre virão de nossos digníssimos ministros e presidentes, mas o que garantirá a melhoria do atendimento prestado à população e das condições de trabalho é a unidade entre a categoria e o conjunto dos trabalhadores por um atendimento digno e uma jornada justa onde o servidor possa prestar um atendimento digno.
FONTE: SINSPREV
Delegacia do Sinsprev em Campinas e Região
A agressão contra os peritos médicos é tida como "normal" e "esperada". Quando um administrativo é agredido...a coisa muda de figura. Estranha-se a afirmação: "muitos dos segurados que têm seus benefícios negados, por vezes indevidamente, são portadores de doenças psíquicas geradoras de surtos". Ora, a delegada do Sinsprev deveria estudar medicina antes de tal afirmação. Surtos de agressividade/banditismo motivados por "alta"? Ora, não existe mais o "mau caráter"? Tudo é doença? Não exite mais a figura do agressor, ameaçador e coator? O que aprendeu, pela falta de punição, que se gritar leva, ainda mais se montar um circo na agência do INSS? Dona delegada do Sinsprev, não é melhor ler, reler, pensar, repensar e discutir antes de escrever e falar?
ResponderExcluirÉ só uma sugestão. A coisa é muito mais delicada do que a senhora pensa.
Em um ponto concordamos: o servidor público está desamparado e perseguido. Apanhar é o de menos...
ResponderExcluirÉ claro que há benefícios por vezes indeferidos indevidamente, mas só quem poderia dizer isto, se fosse cabível neste ou em qualquer outro caso, é alguém que teria a maior autoridade técnica e científica para isto, ou seja, o perito, ou senão, outro médico especialista da área - psiquiatra -que tivesse conhecimento de medicina legal e das normativas envolvidas na concessão ou indeferimento de um requerimento.A senhora Delegada não esclarece que há razões administrativas para a denegatória de um requerimento, e que nem sempre o indeferimento é "da perícia", que existem inúmeras outras razões.Será que não teria sido o caso de um indeferimento administrativo neste caso? Ora, então o perito sempre é o vilão: seja porque negou "indevidamente" ao segurado, seja porque seria o "culpado" pela agressão sofrida pelo administrativo, sindicalizado do SINSPREV?
ResponderExcluirRodrigo,
ResponderExcluirVc. complementou o meu texto. A senhora delegada deixa implícito que motivo para agressão é BI negado, e questiona a denegatória. Não é simples assim. Vai longe o tempo de pessoas que não lançavam mão de agressão para conseguirem o que querem, principalmente "provar que é louco".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAs declarações podem ser entendidas no contexto de outra época, anterior à dos Peritos concursados (período da terceirização massiva da Perícia Médica): antes, na fase da farra dos benevícios, os ganhos eram maiores para algumas "classes", incluindo muitos administrativos. Na concepção de alguns, indeferimento significa redução de lucros.
ResponderExcluirO Perito Médico, nesse entendimento, é sempre o culpado nos casos de indeferimento. E quase sempre os indeferimentos são "indevidos", segundo a mentalidade de certos administrativos. Estes até mesmo vivem a estimular a violência contra os Peritos.
A separação entre servidores administrativos e Peritos Médicos deveria ser viabilizada institucionalmente, de modo a que os primeiros não interferissem negativamente na atividade médico-pericial, preservando a autonomia e a segurança dos profissionais Peritos Médicos Previdenciários.
E a fila anda...
Para o perito novo de casa , há uma saída: SAIR DO INSS. Isso não é futuro pra ninguém!
ResponderExcluir