Big Brother nos postos do INSS
Previdência inaugura sala para monitorar qualidade do atendimento em todo o País
POR LUCIENE BRAGA - O DIA ON LINE
Brasília - O Ministério da Previdência Social apresentou ontem sua Sala de Monitoramento do Atendimento, espécie de Big Brother online que controla todos os procedimentos nas agências do INSS no País: da entrada do segurado até o momento em que ele deixa a perícia médica ou o guichê. O ministro Carlos Gabas afirmou que o monitoramento online permite identificar deficiências no serviço, como prazo de concessão, situação do sistema informatizado e permanência na agência. Segundo Gabas, o sistema garante ainda acompanhamento de dados que fazem parte dos programas de metas e gratificação de servidores (60% da gratificação é determinada pelo cumprimento de metas). O nível de sofisticação da informação, renovada a cada 15 minutos, permite saber quantas pessoas estão nos postos por meio de agendamento, quantas foram sem marcar, total de atendidos e processos acumulados. O serviço deve chegar ao ponto de se acionar o 135 para convocar segurados de uma agência congestionada para outra.
GERÊNCIAS TÊM SISTEMA
Até o nome do perito que atende naquele momento é visível no painel, conforme o servidor que acessa a sala vai aprofundando sua pesquisa. Cada gerência executiva tem um sistema idêntico. A diferença do que fica em Brasília é a existência de servidores que monitoram os indicadores para intervir e garantir as metas de melhoria do atendimento, como prever a remoção de um servidor para outra agência — até mesmo cidade — para ajudar em outro local ou resolver problemas de informática, em casos de queda do sistema.“Pretendemos colocar um painel em cada agência, para que os segurados tenham condições, ao entrar na agência, de saber quanto tempo levarão para ser atendidos”, anunciou.
Ameaça de corte de ponto
O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, informou que ainda não foi afastada a possibilidade de corte do ponto dos peritos, que mantiveram a greve por 85 dias. “O que foi julgado foi a ilegalidade e a abusividade da paralisação. No início, quando ameaçamos cortar o ponto, uma liminar impediu que descontássemos as faltas. Mas essa liminar ainda não teve o mérito julgado. Se a Justiça definir que sim, nós cortaremos, porque não podemos pagar pelos dias em que os profissionais não trabalharam”, disse. O código para os grevistas será o 28, de falta injustificada. “Não aceitaremos a operação padrão. Quem for trabalhar, mas não atender, será alvo de procedimento administrativo”, explicou.
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