terça-feira, 21 de setembro de 2010

CORREGEDORIA DO INSS: 2 PESOS E 2 MEDIDAS?

Enquanto que diversas denúncias, sindicâncias e processos administrativos disciplinares abertos contra altas autoridades do INSS permanecem parados há meses, repousando em alguma gaveta úmida e escura de algum porão brasiliense, a mesma Corregedoria, tão cuidadosa com esses processos, se manifesta pela segunda vez em menos de 2 meses distribuindo de forma seletiva, não pública, memorando de tom intimidador reforçando apenas o óbvio: o cumprimento da Lei 8.112/90.

Chama atenção o momento em que o memorando é distribuído, na véspera do julgamento da greve dos peritos bem como a forma zelosa e célere com o qual prometem fazer a lei ser cumprida, o que não está sendo visto nos PAD abertos contra as autoridades da "casa".

O rastro dos PAD que eles prometem ser abertos darão a direção exata de onde está funcionando e onde não está funcionando o SISREF, o famoso ponto eletrônico de internet do INSS. Será a prova de fogo do SISREF, uma oportunidade de testarmos a fidelidade desse sistema.

Será que algum desses PAD tramitará mais rápido que os PAD já abertos contra alguma autoridade do INSS?
Vejam o e-mail abaixo enviado apenas para algumas pessoas (não deveria ser de amplo conhecimento?) que sequer consta na Intranet da Previdência. Em anexo o memorando.
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Bom dia

Encaminhamos para conhecimento Memorando-Circular da Corregerdoira, que trata de
Recomendações-procedimentos a serem adotados em processos relacionados a frequência e assiduidade do servidor.

Ressaltamos a importância sobre o encaminhamneto dos processos às uniddes de Corregedorias,na forma proposta no respectivo memorando, é de primordial importância para o alcance da eficiência e eficácia dos procedimentos adminsitrativos disciplinares, obedecendo os prazos legais estabelecidos na Lei.

Repassar as orientações as chefias das GEXs e APSs.

Att.



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TSS-<<>>
SR-III/SERRH


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Chefe SR-III/SERRH

-------- Mensagem original --------
Assunto: Memorando-Circular/INSS/CG Nº 011/2010
Data: Fri, 17 Sep 2010 16:25:20 -0300
De: CORREG Apoio - INSSDF


Senhores e Senhoras,



De ordem da Srª Corregedora Geral Substituta, encaminhamos anexo, o
Memorando-Circular INSS/CORREG GERAL Nº 011/2010, para conhecimento e
divulgação entre as Gerencias Executivas e APS subordinadas.





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Gerente

Corregedoria Geral do INSS

SAS - QD 2 - Bloco "O" sala 214

2 comentários:

ALFINETADAS do MURDHOCK disse...

INSS: Vamos convidar a PRESIDENTE DILMA para fazer uma pericia no INSS para ela sentir na pele a HUMILHAÇÃO de estar doente E TER ALTA...

INSS: O ex-vice-presidente ZÊ Alencar SE fosse ao INSS fazer pericia, teria ALTA, pois para os peritos ele não teria NADA. VAI LÁ DILMA


Sugiro aos os segurados que necessitam de pericias do INSS que quanto tiverem altas se ACORRENTEM NA FRENTE DO POSTO - PROTESTO por 24 horas

Rodrigo Santiago disse...

O case da presidente Dilma é verdadeiramente emblemático e lapídar a fim de ilustrar aos desentendidos, palpiteiros ou desordeiros o papel e a importância da perícia médica.É óbvio que talvez já saibam de muitas coisas, mas às vezes fazem questão de convenientemente não saber, passando-se por ignorantes, senão vejamos:

Acredito que todos devem saber que a presidente Dilma é ou está doente há alguns anos, que é portadora de uma neoplasia maligna, ainda sob acompanhamento, da qual ainda não se pode garantir que esteja curada.Querem convidar a presidente Dilma a fazer uma perícia? Então, façam-no! Mas, eu duvido que ela aceitará o convite de alguém!Sabe por quê?Pois tudo indica que APARENTEMENTE é altamente provável que ela própria não se sinta incapaz para desempenhar o seu trabalho como presidente.Caso contrário, eu tenho certeza absoluta de que se a doença de que ela é portadora (observem que ninguém está negando que a mesma seja doente em momento algum!) estivesse em um estadiamento clínico e anátomo-patológico mais avançado, a ponto de fazê-la manifestar sintomas e sinais incapacitantes para a execução do mister de sua atividade laborativa como presidente ela não precisaria de convite ou de INCITAÇÃO de ninguém para requerer a realização de uma perícia médica, CASO fosse filiada ao RGPS.

Portanto, caso a mesma se submetesse a uma perícia no dia de hoje seria altamente provável que a perícia não a considerasse incapaz para o seu trabalho como presidente da República, o que significaria , em outras palavras, que o seu benefício seria indeferido(isto sem considerar as inúmeras variáveis administrativas e legais que também deveriam ser consideradas).A diferença entre a presidente Dilma e alguns (a minoria , é verdade) segurados do INSS é que ela é honesta, não pretende levar vantagem em tudo, é ética, não mente, não pensa em seu próprio umbigo, sabe que o dinheiro da previdência social deve ser ordenado adequadamente para que não falte àqueles que precisem de fato.Pelo menos até o momento a presidente Dilma tem se mostrado uma pessoa que eu tenho admirado muitíssimo pelas suas posturas e coerência de atitudes.

O problema é a tentativa de distorção da realidade através de sofismas e provocações que parte da sociedade tem perpetrado a fim de transformar o INSS em mera bolsa distribuidora de renda sem critério, amoral, ilegal e anômica.Neste caso seria melhor acabar logo com a necessidade de perícias.Já que todos falam sempre a verdade, já que perícia é uma coisa banal, já que não é preciso ter um conhecimento técnico altamente especializado para esta atividade, pois qualquer palpiteiro acha-se no direito de colocar em pé de igualdade uma neoplasia de José de Alencar em sua fase terminal com a neoplasia de Dilma, então é melhor conceder o benefício para qualquer um que esteja doente.E mesmo o José de Alencar, até mesmo em sua fase terminal de câncer, não se julgou incapaz para trabalhar e não recorreu ao INSS.Portanto, vê-se que a resiliência para a doença e para a incapacidade é algo muito flexível e que cada pessoa, em cada realidade social, cultural, laboral e orgânica pode responder de forma totalmente diversa a uma doença.Mas, na opinião de alguns palpiteiros, tudo é muito simples, basta conceder benefício para todos indiscriminadamente, afinal humanizar a perícia é igual a conceder 100% dos benefícios requeridos, não é mesmo?