terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ministro prevê mutirões por médicos peritos para atender segurados


17/08/2010 - 13: 29

A possível realização de mutirões para atender aos segurados que estão em licença médica e que deverão passar pela perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não deverá causar prejuízos na qualidade do atendimento, disse nesta terça-feira (17) o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas. Para ele, o governo "tem que zelar pela boa prestação do serviço à sociedade, por isso cada parte tem que ceder um pouco e assim será possível chegar a um acordo".

Em reunião realizada no Ministério da Previdência Social foi acertada a formação de uma comissão - com a participação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Federação Nacional dos Médicos e da Associação Médica Brasileira - para discutir uma série de questões de interesse da categoria no setor público. "Muitas delas impossíveis de serem decididas neste ano, em função do período eleitoral", lembrou Cid Carvalhaes, e que por isso devem ficar para o próximo governo.

O atendimento deverá ser estendido aos fins de semana e poderá ocorrer também à noite, durante cerca de dois meses, período variável para cada localidade.

Segundo Gabas, a perícia "é um ato médico na sua essência, por isso está garantida a autonomia do médico perito em seu trabalho". O ministro afirmou também que acredita "no compromisso social desses médicos, implícito na sua atividade".

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, declarou que o Código de Ética Médica, em vigor desde o dia 12 de abril deste ano, prevê que o profissional da área deve perseguir a qualidade a todo custo. Acrescentou que, no caso dos peritos, eles não vão permitir prejuízo às pessoas que estão dependendo de avaliação médica para voltar ao trabalho e também do reconhecimento do tempo da licença em função do benefício pago pelo INSS durante o afastamento.

O presidente do INSS, Valdir Simão, disse que não é possível quantificar o custo adicional que a Previdência Social terá nessa conta. Ele acredita que "a maioria dos peritos médicos têm a preocupação de fazer um bom atendimento, dentro dos seus compromissos como servidores públicos".

A maior demanda pela perícia médica ocorre no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, São Paulo e na Bahia. Segundo Simão, é importante que a greve acabe logo, pois está causando transtornos às pessoas que moram longe, gastam com passagens para se deslocar até os postos de atendimento e têm que voltar outro dia.

2 comentários:

Paulo Taveira disse...

Agora deu pressa no contador de Araçatuba? Depois do sabão também né?só que sem ANMP vai ser difícil resolver!

Unknown disse...

Já que o presidente da FENAM citou o código de ética, aqui vão alguns artigos que ele pode estar descumprindo:
Capítulo VII - RELAÇÃO ENTRE MÉDICOS
É vedado ao médico:
Art. 48. Assumir emprego, cargo ou função para suceder médico demitido ou afastado em represália à atitude de defesa de movimentos legítimos da categoria ou da aplicação deste Código.
Art. 49. Assumir condutas contrárias a movimentos legítimos da categoria médica com a finalidade de obter vantagens.
Art. 56. Utilizar-se de sua posição hierárquica para impedir que seus subordinados atuem dentro dos princípios éticos.
Art. 57. Deixar de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à comissão de ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina.