Ministro da Previdência diz que negociações estão mais avançadas e poderá acionar médicos para fazer perícias até nos fins de semana
Rio - A greve dos peritos do INSS está com os dias contados. Para repor os 400 mil agendamentos de perícias em atraso, o Ministério da Previdência não descarta a realização de avaliações médicas em plantões nos fins de semana. Em visita ao Rio, o ministro da Previdência , Carlos Gabas, afirmou que as negociações com a Fenam (Federação Nacional dos Médicos) estão progredindo. Ele espera que isso leve ao fim da greve em até duas semanas.
A paralisação completou dois meses no domingo, prejudicando a marcação de avaliações médicas em todo o País. Em resposta a protestos da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), que questiona a representatividade da Fenam à frente da categoria, o ministro argumentou que, para ele, não há somente um representante, mas vários.
“Eu já cedi em muitos aspectos reivindicados, mas não podemos discutir agora a questão da jornada de trabalho dos médicos. Isso fica para o ano que vem. Não dá para trabalhar meio período e ganhar por todo ele”, argumentou Gabas, ao deixar palestra sobre a Política de Previdência Social no Brasil, no Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra (Esg). “Eles querem excelência. Dizem que podem atender a uma pessoa nas oito horas. Isso não é exemplo de excelência”, acrescentou o ministro.
Pais de Gabas vão ficar em Brasília
O ministro Carlos Gabas confirmou que levou os pais para morar em Brasília (DF), na semana passada. Ele tomou a decisão após a explosão de uma bomba caseira no carro da família, que estava na garagem.
“Meus pais são do interior e não têm maldade. Outro dia, um desconhecido bateu à porta deles, começou a conversar com meu pai, disse que tinha um carro igual ao dele. Sabe o que meu pai fez? Entregou a chave e deixou que ele desse uma volta”, comentou Gabas.
Segundo ele, os pais vão se mudar para um apartamento em Araçatuba, que está em construção e só ficará pronto em um ano e meio. “Eu e meus irmãos compramos para eles. É mais seguro. Aluguei um apartamento em Brasília, onde eles vão ficar até a obra terminar”, afirmou.
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