sábado, 7 de agosto de 2010

Greve dos médicos do INSS prejudica trabalhadores

Os médicos do INSS, responsáveis pela perícia para a concessão de benefícios, estão em greve desde junho. Mais de 300 mil novos pedidos de auxílio-doença estão parados.

Milhares de trabalhadores brasileiros não estão recebendo o auxílio-doença. Os médicos-peritos do INSS estão em greve desde junho.

Se a vida do segurado já estava difícil por causa dos problemas de saúde, ficou ainda pior. Os médicos peritos do INSS, responsáveis pelas perícias para concessão de benefícios, estão em greve há um mês e meio. Resultado: 304 mil novos pedidos estão parados.

Num dos postos mais movimentados do INSS em São Paulo, logo na porta, a Associação Nacional dos Médicos-Peritos já avisa sobre a greve e diz que o atendimento é parcial.

Olhando de fora, parece tudo tranquilo, tudo normal, mas não está. O repórter entrou e constatou que tem muita gente esperando e o que é pior: a maioria não está sendo atendida. O repórter não pode entrar com o cinegrafista, porque o INSS não permite. Mas na porta já deu pra perceber o drama dos segurados.

A operadora de telemarketing Camila Perez Mendes está há três meses sem receber, desde que quebrou o pé. Não consegue fazer a perícia.

“Hoje só tinha dez atendendo e se o meu médico não estivesse aí ia ter que remarcar. E como ele não estava, tive que remarcar pra 19 de setembro”.

A dona de casa Teresinha de Lima saiu revoltada com a situação da filha. “Ela está com depressão, está grávida, hoje estava marcado, passou mais de seis meses pra vir pra perícia e agora não conseguiu. Isso é uma coisa que se faça?”.

O Superior Tribunal de Justiça considerou a paralisação legal, mas determinou que 50% dos médicos trabalhassem. Ou seja, hoje 1850 em todo o país. Os peritos pedem a contratação de mais profissionais, mais segurança nas agências, já que dois médicos foram assassinados, e a redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

“Precisamos ter o direito que é pleno, é em lei, do exercício da jornada de forma ininterrupta em seis horas. A casa tem nos negado. A gente está pedindo um direito que é absolutamente legal”, afirmou Luiz Carlos de Teive Argolo, da Associação Nacional dos Médicos-Peritos.

“A reivindicação pra nós agora é injusta, não é possível você reduzir a jornada de trabalho, ou seja, trabalhar meio período, ganhando pelo período integral”, declarou Carlos Eduardo Gabas, ministro da Previdência Social.

http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/ver_info_jornalfloripa.asp?NewsID=5907

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Faz tempo que os peritos de inss são os grandes vilões de quem paga essa grande seguradora estatal que é o inss.
O descaso , arrogância e despreparo para atender os clientes do Inss sempre foram latentes. Agora em mais um capítulo desta famigerada novela que é os desmandos e lambanças dos peritos. eles resolveram entrar em greve deixando de atender milhares de clientes da instituição que paga seus salarios, deixando muitos passando por necessidades.
Esse discaso e falta de preocupação com seu dever não é surpresa para quem vive a disventura de pagar anos a fio e ter seus direitos renegados ao mais puro discaso e arrogancia.Acho que o governo deveria repensar no papel em que esse4s profiscionais andam exercendo na sociedade e aproveitar a greve e privqatizar esses atendimentos com proficionais mais preparados e rever todo esse estado de coisas que fazem com que os trabalhadores e cidadões em jeral desistam de serem contribuintes deste importante seguradora que faz tempo que deixou de atender as mais básicas finalidades do que se destina

Anônimo disse...

Respeito todas as categorias profissionais, porém, classifico essa greve como abusiva por parte dos médicos-peritos. Segurança é claro que se deve ter para se trabalhar, não tiro a razão deles.
O que não acho justo é que muitos deles, não são todos, humilham as pessoas que ali estão para serem avaliados, e muitos não têm condições de trabalho, e ele dizem que a pessoa está boa para trabalhar. Como pode isso acontecer se a pessoa que ali está, mediante documentos que comprovem a sua necessidade para se tratar e o perito diz que está tudo bem. Como fica a palavra do médico que mediante atestados médicos, laudos diz que a pessoa não reúne condições para o trabalho. Deve haver coerência e respeito por parte dos médicos peritos. Obs. Tem peritos bons que só de olhar para a pessoa já sabe do problema e da necessidade do afastamento. Cada caso é um caso. É de fato também que muitos vão por comodismo, nem tem problema de fato e querem que o benefício seja concedido. Só peço para que os médicos-perito avaliem com justiça cada caso, e se de fato a pessoa tiver com problemas, deve afastar até que o problema acabe. RESPEITO, ENTENDIMENTO E CONHECIMENTO É TUDO.