Uma colega perita, cujo brilhantismo não me canso de exultar, mas de quem omitirei o nome para evitar interpretações eleitorais, tem interpretado o atual momento da categoria comparando-o a um quebra-cabeça espalhado pelo chão, fragmentos que não são agrupados e, portanto, não convergem para uma unidade. Visão privilegiada, que não se confunde com a velha palavra de ordem que apela à união. Pode haver unidade sem união? Sim, uma postura madura que vislumbra o todo permite que partes defendam formas diferentes de alcançá-lo, sem se odiar ou destruir. O que não faz sentido é união em torno do vazio, ou do monte de peças espalhadas.
Os tempos se sucedem e só se vê propostas de reeditar fórmulas que já foram bem sucedidas, mas que não cabem mais; defesa de algumas peças como mais bonitas do que outras às quais não se devem encaixar mas substituir, derrotar. A falta de visão do todo, a falta de liderança intelectual, a insistência no mesmo diálogo, com os mesmos interlocutores, pelas mesma pessoas não pode trazer nenhum resultado diferente dos anteriores. A incapacidade de refletir sobre erros passados, ou mesmo de admitir a possibilidade de erro é uma característica psicopatológica cuja clareza até ofusca.
Se quer resultado diferente, não faça igual.
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